Do BBB 21 ao debate contemporâneo sobre A Revolução dos Bichos
- Fabíola Oliveira
- há 1 dia
- 2 min de leitura

Em 2021, em plena pandemia, com tantas coisas emocionais para administrar, o que eu mais precisava era de um espaço seguro.E foi ali, trancada dentro de casa, lidando com o fantasma do vírus e com tudo o que ele escancarava, que eu e mais dois amigos, o Jef e a Jaque, criamos um grupo no WhatsApp para falar de BBB.
Pois é.
O entretenimento foi companhia e alívio naqueles dias cinzas.Ali falávamos da Juliette, da Mamacita (que tem uma carreira bem bonita aqui fora), do Gil do Vigor. E entre uma espiadinha e outra, íamos falando também dos nossos medos, das angústias e das pequenas alegrias possíveis no meio do caos.
Pois bem. Estamos finalizando 2025 e esse grupo segue cada vez mais vivo.
Nossas vidas já mudaram bastante. A Jaque se tornou mãe do baby Gael, que a cada dia aparece com um lookinho mais lindo. Mas seguimos conversando quase todos os dias. Falamos dos assuntos mais aleatórios possíveis. Compartilhamos memes, discutimos cenas da contemporaneidade, debatemos arquitetura contemporânea, como a casa dos sonhos do João Gomes, refletimos sobre o papel do estoicismo na cultura da autoajuda, sobre o que Freud acharia de tudo isso e sobre como Nietzsche talvez estivesse rindo, ou se desesperando, diante de certos discursos atuais.
Falamos de coisas que precisam sair, mas que não precisam ir para uma rede social.
E foi ali, nesse espaço informal, vivo e sem performance, que um dia, conversando sobre A Revolução dos Bichos e divagando sobre a obra e o mercado de trabalho contemporâneo, o Jef teve a ideia de transformar aquela conversa em um podcast.
Assim nasceu o episódio do Caos Literário, quadro do podcast Marketing em Caos, no qual usamos o livro de George Orwell como ponto de partida para falar sobre trabalho, exaustão, senso crítico, medo e repetição.
Falamos do cavalo Sansão, da cultura do esforço sem fim, da promessa de reconhecimento que nem sempre se cumpre e de como muitas pessoas acabam se vendo apenas pelo que produzem.
Falamos também da falta de pensamento crítico, da repetição de discursos prontos e do quanto a educação, quando reduzida à lógica da utilidade, perde sua potência de formar sujeitos que pensam.
Para mim, esse episódio é mais do que uma participação em um podcast. Ele carrega a marca de uma amizade, de um tempo difícil, de conversas que atravessaram o isolamento e que seguem existindo como espaço de troca, reflexão e cuidado.
Se quiser ouvir a conversa completa, o episódio está disponível no canal do Marketing em Caos no YouTube, mas deixo um trechinho aqui para você =)
Obrigada pela troca.
Até mais.
Fabíola Oliveira
Psicanalista
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